PESQUISA E INOVAÇÃO: “A INCUBAÇÃO DE STARTUPS”
Em um passado não tão distante assim, se perguntássemos a um especialista em negócios o que deveria ser feita para não ficar fora do mercado, a resposta estava na ponta da língua: investir em pesquisa. Atualmente, sabemos que essa resposta é utópica.
Para podermos entender o cenário atual, devemos primeiro entender a o significado de “pesquisa” na conjuntura empresarial.
Em empresas de pequenos portes, geralmente o dono é o responsável pelo desenvolvimento estratégico no longo prazo, busca por novas oportunidades, mudanças e melhorias e tenta dar um rumo na dinâmica da empresa. Nesse sentido, o “investimento em pesquisa” seria palestras, cursos, eventos da área, tendências e outros tipos de se manter “atualizado” e atento quanto aos perigos do mercado para o negócio.
No entanto, em grandes empresas, existem “departamentos de desenvolvimento e pesquisa” e geralmente o budget do grupo da empresa são formados por pessoas altamente especializados, com objetivos alinhados ao futuro, onde são usados a ciência e a tecnologia para chegar a resultados definidos, visando o rendimento comercial.
Explicado tudo isso, vamos ao que interessa...
Já vimos pequenas empresas “botarem no bolso” grandes empresas que começaram com um pequeno grupo de empreendedores. Vejamos algumas que começaram pequenas e agora estão macros: Facebook, LinkedIn, Uber, WhatsApp, Airbnb e outras. Essas empresas tem menos de 20 anos no mercado e pasmem, nenhuma delas criaram novas tecnologias. Muito pelo contrário, elas propuseram soluções fundamentadas em tecnologias que já existem e todas atualmente valem mais do um bilhão de dólares.
Isso tudo se dá por causa da inovação. Mas para entendermos melhor o conteúdo deste artigo, é preciso entender também a diferença entre “pesquisa” e “inovação”. Para isso, vamos usar a definição da DSM:
“Na DSM, distinguimos entre P &D e inovação; onde a P & D transforma dinheiro em conhecimento, a inovação é o processo de criação de negócios a partir desse conhecimento. Trata-se de encontrar as melhores soluções sustentáveis e comercialmente viáveis para as necessidades do mercado. E envolve a integração de nossas competências em outras disciplinas, como compras, engenharia e fabricação e marketing e vendas.”
Ou seja, a inovação permite um futuro mais imediato e a pesquisa comanda um futuro mais distante. A pesquisa foca nas soluções, já a inovação tem seu foco, além disso, em novos problemas que ainda não oram encontrados.
Até aqui tudo bem, mas o que isso tudo tem a ver com as empresas de futuro? Como uma empresa pequena pode ultrapassar uma grande?
Há algo no mercado que vem sendo feito há alguns anos e que eu denominei como “incubação de startups”. Esse processo funciona da seguinte forma: Uma grande empresa investe em uma pequena ideia e da início em seu aporte empresarial. Como exemplo, temos a Oito que incubou uma startup com negócios da Oi, sendo sediada no prédio da Oito, que fica próximo da OI no RJ. Esses investimentos não são à toa. Eles consideram estas ideias como grandes em potencial que estão em busca de espaço nesse ecossistema.
Sendo assim, tudo que falta para muitas empresas nada mais é do que inovação. Se você, caro leitor, tem uma ideia e deseja que ela saia do papel, faça o seguinte: não tenha medo de mostrar sua ideia para uma empresa que melhor pode executá-la. Mande um E-mail para algum gerente da empresa escolhida com um título “uma grande ideia para sua empresa” e espere respostas, mas não fique parado. Não tenha medo de que roubem sua ideia. As ideias são apenas hipóteses de ideias de negócios. Nada estar validado e quem vai decidir se a sua ideia é boa ou não é o cliente.
Por William Lima.